ULTRAGAZ

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Corrupção e poder


Corrupção e poder
06 Nov 2011

Fernando Henrique Cardoso

O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou recentemente que os desmandos que ocorreram em sua pasta se devem a que as ONGs passaram a ter maior participação na concretização de políticas públicas. E sentenciou: ele só fará convênios com prefeituras, não mais com segmentos da sociedade civil. Ou seja, em vez de destrinchar o que ocorre na administração federal e de analisar as bases reais do poder e da corrupção, encontra um bode expiatório fora do governo.
No caso, quanto eu saiba, é opinião de pessoa que não tem as mãos sujas por desvios de recursos públicos. Não se trata, portanto, de simples cortina de fumaça para obscurecer práticas corruptas. São palavras que expressam a visão de mundo do novo ministro: o que pertence ao "Estado", ao governo, é correto; o que vem de fora, da sociedade, traz impurezas... O mal estaria nas ONGs em si, não no desvio de suas funções nem na falta de fiscalização, cuja responsabilidade é dos partidos e dos governos.
Esse tipo de ideologia vem associado a outra perversão corrente: fora do partido e do governo nada é ético; já o que se faz dentro do governo para beneficiar o partido encontra justificativa e se torna ético por definição.
Repete-se algo do mensalão. Naquele episódio, já estava presente a ideologia que santifica o Estado e faz de conta que não vê o desvio de dinheiro público, desde que seja para ajudar os partidos "populares" a se manterem no poder. Com uma diferença: no mensalão desviavam-se recursos públicos e de empresas para pagar gastos eleitorais e para obter apoio de alguns políticos. Agora são os partidos que se aninham em ministérios e, mesmo fora das eleições, constroem redes de arrecadação por onde passam recursos públicos que abastecem suas caixas e os bolsos de alguns dirigentes, militantes e cúmplices.
A corrupção e, mais do que ela, o "fisiologismo", o clientelismo tradicional, sempre existiram. Depois da redemocratização, começando nas prefeituras, o PT - e não só ele - enveredou pelo caminho de buscar recursos para o partido nas empresas de coleta de lixo e de transporte público (sem ONGs no meio...). Há, entretanto, uma diferença essencial na comparação com o que se vê hoje na esfera federal. Antes o desvio de recursos roçava o poder, mas não era condição para o seu exercício. Agora os partidos exigem ministérios e postos administrativos para obterem recursos que permitam sua expansão, atraindo militantes e apoios com as benesses que extraem do Estado. É sob essa condição que dão votos ao governo no Congresso. O que era episódico se tornou um "sistema", o que era desvio individual de conduta se tornou prática aceita para garantir a "governabilidade".
Dessa forma, as "bases" dos governos resultam mais da composição de interesses materiais que da convergência de opiniões. Com isso perdem sentido as distinções programáticas, para não falar nas ideológicas: tanto faz que o partido se diga "de esquerda", como o PC do B, ou centrista, como o PMDB, ou de centro-direita, como o PR, ou que epíteto tenham, todos são condôminos do Estado. Há apenas dois lados, o dos condôminos e o dos que estão fora da partilha do saque. O antigo lema "é dando que se recebe", popularizado pelo deputado Cardoso Alves no governo Sarney, referia-se às nomeações, ao apadrinhamento, que, eventualmente, poderiam levar à corrupção, mas em si mesmo não o eram. Tratava-se da forma tradicional, clientelista, de fazer política.
Hoje é diferente. Além da forma tradicional - que continua a existir -, há uma nova maneira "legitimada" de garantir apoios: a doação quase explícita de ministérios com as "porteiras fechadas" aos partidos sócios do poder. Digo "legitimada" porque desde o mensalão o próprio presidente Lula outra coisa não fez senão justificar esse "sistema", como ainda agora, no caso da demissão dos ministros acusados de corrupção, aos quais pediu que tivessem "casca dura" - ou queria dizer caradura? - e se mantivessem no cargo. Num clima de bonança econômica, a aceitação tácita deste estado de coisas por um líder popular ajuda a transformar o desvio em norma mais ou menos aceita pela sociedade.
Pois bem, parece-me grave que, no momento em que a presidenta esboça uma reação a esse lavar de mãos, um ministro reitere a velha cantilena: a contaminação adveio das ONGs. Esqueceu que o governo tem a responsabilidade primordial de cuidar da moral do Estado. Não há Estado que seja por si só moral, nem partido que seja imune à corrupção pela graça divina. Pior, que não se possa tornar cúmplice de um sistema que se baseie na corrupção.
O "sistema" reage a essa argumentação dizendo tratar-se de "moralismo udenista", referência às críticas que a UDN fazia aos governos do passado, como se ao povo não interessasse a moral republicana. Ledo engano. É só discutir o tema relacionando-o, por exemplo, com trapalhadas com a Copa para ver se o povo reage ou não aos desmandos e à corrupção. A alegação antimoralista faz parte da mesma toada de "legitimação" dos "malfeitos". Não me parece que a anunciada faxina, embora longe de haver sido completa, tenha tirado apoios populares da presidenta. O obstáculo a uma eventual faxina não é a falta de apoio popular, mas a resistência do "sistema", como se viu na troca de um ministro por outro do mesmo partido, possivelmente também para preservar um ex-titular do mesmo ministério que trocou o PC do B pelo PT e hoje governa o Distrito Federal. Estamos diante de um sistema político que começa a ter a corrupção como esteio, mais do que simplesmente diante de pessoas corruptas.
Ainda há tempo para reagir. Mas é preciso ir mais longe e mais rápido na correção de rumos. E nesse esforço as oposições não se devem omitir. Podem lutar no Congresso por uma lei, por exemplo, que limite o número de ministérios e outra, se não a mesma, que restrinja ao máximo as nomeações fora dos quadros de funcionários. Por que não explicitar as condições para que as ONGs se tornem aptas a receber dinheiros públicos? Os desmandos não se restringem ao Ministério do Esporte, há outros na fila. Os dossiês da mídia devem estar repletos de denúncias. Não adianta dizer que se trata de "conspirações" contra os interesses populares. É da salvaguarda deles que se trata.


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Desafiando o Rio-mar – Apelo à Fraternidade


Desafiando o Rio-mar – Apelo à Fraternidade

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 18 de outubro de 2011.

Numa época em que tanto se propugna pelo respeito à natureza o caiaque sintetiza o meio de transporte ideal para ser usado na “Terra das Águas”. Seu deslocamento silente não afugenta, não atemoriza a fauna, as remadas firmes e cadenciadas seguem o ritmo da natureza sem agredir a flora e a ausência de motores à combustão não polui, não macula os rios... (Hiram Reis e Silva)

- Um Projeto de Fé

Loucura, lucidez perdida, bravata, insensatez, devaneios de um idoso... Talvez um pouco de tudo, talvez nada disso. Amor desvairado, dedicação extrema pela mulher que amo, veneração ensandecida pela mãe de meus filhos, fé inquebrantável no Criador, crença de que para Ele os limites da medicina não existem, com certeza sim. Acredito que Ele seja capaz de corrigir a imperícia de um médico que transformou minha esposa numa mera sombra do que era. Acredito, mesmo que todos os especialistas que consultamos mostrem cientificamente que a lesão provocada pela incompetência do neurocirurgião seja irreversível, que Ele possa reverter esta situação. Minhas descidas pelos amazônicos caudais tem único propósito, solicitar ao Grande Arquiteto do Universo a melhoria do estado de saúde de minha esposa. Com o passar do tempo, o correr das águas, o atropelamento dos fatos, fui aderindo ao Projeto, além da oblata, objetivos culturais, e uma defesa intransigente de nossa soberania.

- Projeto Aventura Desafiando o Rio-mar

Embora a ideia, treinamento e planejamento do Projeto Aventura Desafiando o Rio-mar tenha nascido no primeiro semestre de 2007, a execução de sua primeira etapa só teve início em dezembro de 2008. Desde então, no final de cada ano realizamos a descida de um dos caudais da imensa bacia amazônica. O número de colaboradores, graças ao Supremo Arquiteto, vem crescendo na mesma proporção dos quilômetros remados, hoje em 3.500.

A primeira descida contou com a colaboração de somente dez amigos pioneiros que colaboraram com passagens, numerário, instrumentos e outros itens necessários. Naquele ano tivemos de realizar a descida dos 1.700 quilômetros do Rio Solimões sem qualquer tipo de apoio institucional, sendo necessário recorrermos a um empréstimo bancário para tal.

 - Amigos Investidores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
 (Olavo Bilac – Velhas Árvores)

Hoje o número de investidores já chegou a mais de cem, sendo que todos contribuíram em uma ou mais fases do Projeto. Recentemente tenho recebido indagações, por e-mail, porque um Coronel do Exército, professor do CMPA necessitaria de apoio financeiro para levar avante tal Projeto. A esses me dirijo agora. No dia 8 de janeiro de 2004, minha esposa sofreu um AVC e depois de uma série de cirurgias mal sucedidas, ela ficou totalmente inválida, necessitando de cuidados especiais, enfermeiras, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, medicamentos, dietas e um sem número de itens que só aqueles que já passaram por problema similar podem aquilatar. Logicamente isto gera um gasto enorme que ultrapassa os valores de meu contra-cheque que tento equilibrar renegociando empréstimos e contando com a colaboração de familiares.

O Projeto tem se mantido graças a contribuições voluntárias de amigos de todas as origens, de todos os credos e dos 26 estados brasileiros. Alguns só conhecem de mim meu Blog, meus textos e minhas propostas, outros compraram meu livro e gostaram, outros, amigos de longa data aderiram à nossa causa por nos conhecerem pessoalmente. Novamente solicito a todos investidores, veteranos e neófitos, que sejam irradiadores deste apelo para que possamos, na descida dos 1.700 km de Porto Velho, RO a Santarém, PA, distância semelhante à de Porto Alegre, RS, a Belo Horizonte, MG, contar com os recursos necessários para o cumprimento da missão. Faltam apenas dois meses para o início da 4ª Fase do Projeto e há necessidade de ultimarmos algumas providências e adquirirmos alguns itens antes da partida.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e das “Travessias da Laguna dos Patos (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.



Solicito Publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM)
Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

O Resgate do Bravo Anaico


O Resgate do Bravo Anaico

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 13 de outubro de 2011.

Pelas sombras temerosas
Onde vai esta canoa?
Vai tripulada ou perdida?
Vai ao certo ou vai à toa?

Semelha um tronco gigante
De palmeira, que s'escoa...
No dorso da correnteza,
Como bóia esta canoa! ...

(Castro Alves - A Canoa Fantástica)

Na última Travessia da Laguna dos Patos, Pelotas-Porto Alegre, fomos forçados a abandonar o destemido caiaque “Anaico”, pilotado pelo Professor Hélio Riche Bandeira, nos cômoros (dunas) da Costa de Santo Antônio (30°29’44,2”S/51°16’23,5”O), entre o Pontal de Tapes e o Morro da Formiga. A popa, avariada seriamente, apesar da colocação de fitas adesivas continuava fazendo água. Estávamos aguardando a manutenção do veleiro do Coronel Pastl para resgatá-lo, mas os adiamentos sucessivos aumentavam a probabilidade de não mais encontrarmos nosso velho parceiro. Comprei o “Anaico”, da KTM, na década de 80 e com ele desafiei as águas brancas e quedas d’água dos mananciais do Mato Grosso do Sul onde se mostrou insuperável nessa modalidade, o seu valor sentimental, portanto, não era, absolutamente, mensurável.

- Destacamento Precursor

Ele e sua esposa Vera já haviam encontrado o melhor e mais perto acesso por terra para cumprir esta missão. Era através da Fazenda Boa Vista, que se situava ao norte do município de Tapes e ia até a Laguna dos Patos junto do local em que estava o caiaque a ser resgatado. (Professor Hélio)

O amigo Pedro Auso e sua esposa Vera Regina, de Camaquã, decidiram fazer uma incursão terrestre exploratória com sua camionete, no dia 8 de outubro, sábado, e conseguiram autorização para adentrar na Fazenda Boa Vista. O Pedro tinha uma ideia aproximada da localização e conseguiu chegar com sua camionete o mais próximo possível das praias da Laguna, aproximadamente 1,7 km em linha reta. Comunicou-me a proeza e combinamos que, no dia seguinte, nos encontraríamos, acompanhados do Professor Hélio e sua filha Dafne para efetuarmos o resgate do “Anaico”.

- Fazenda Boa Vista

Localizada a 15 km da sede do Município de Barra do Ribeiro, a Fazenda Boa Vista (ou Fazenda do Zé Taylor) de propriedade do Dr. José Taylor Castro Fagundes, às margens da Laguna dos Patos, é pródiga em belas paisagens e diversidade de biomas. Borges de Medeiros, segundo o Dr. Taylor, cultivou arroz nestas paragens e as catorze figueiras, de sua antiga sede, teriam sido plantadas pelos Jesuítas. A Fazenda serve de referência para os adeptos das cavalgadas e jipeiros que a incluem, sistematicamente, no seu trajeto, além de proporcionar belos locais de pescaria em seus inúmeros açudes.

- Operação Resgate

Somente dia 9 de outubro, num domingo em que até o sol apareceu contrariando a previsão do tempo que era de chuvas esparsas em quase todo estado, conseguimos ir fazer o resgate do caiaque que havia ficado avariado e escondido atrás de uma duna de areia no último ponto de nossa travessia. Eram seis horas e trinta minutos quando eu e minha filha Dafne passamos na casa do Cel Hiram para então nos deslocarmos até o quilômetro 332 da BR116, em Tapes, onde nos encontraríamos com o nosso amigo Sr Pedro, mais identificado como “São Pedro” por toda sua proteção e ajuda a nós prestada. (Professor Hélio)

No domingo, 9 de setembro, partimos de Porto Alegre, às 6h40 em direção à BR 116, a meio caminho entre Barra do Ribeiro e Tapes, para encontrar o Pedro Auso no acesso à Fazenda Boa Vista.

Chegamos ao ponto de encontro com seu Pedro cronometradamente juntos e nos dirigimos para a sede da Fazenda Boa Vista, onde deixamos o carro do Cel Hiram e seguimos na camionete rural de seu Pedro, sendo que somente esta conseguiria vencer os precários caminhos a serem percorridos. Durante este trajeto de carro seu Pedro nos contou que no dia anterior ele e dona Vera já haviam ido a este local e caminhado diversos quilômetros tentando achar o caiaque, mas sem sucesso. Por este motivo que a dona Vera, embora tendo admirado muito o local, teve que ficar descansando em casa. (Professor Hélio)

Chegamos juntos ao local do encontro a exatos vinte minutos antes da hora marcada, oito horas. Como ele já tinha feito um reconhecimento prévio fomos até a sede da Fazenda, deixamos o meu carro e partimos, os quatro, na sua camionete. O trajeto até os limites da Fazenda com a região das Areias da margem da Laguna é de uma beleza impressionante. Chegando ao destino, verifiquei o GPS e constatei que o caiaque se encontrava a 4,5km ao Sul. Seguiríamos diretamente para a praia para diminuir a caminhada pelas dunas e, depois, pela praia até o caiaque. Hidratamo-nos, carregamos o mínimo de material necessário e partimos rumo à praia percorrendo dunas e terrenos alagadiços.

Perto da penúltima porteira transposta encontramos um bando de emas correndo pelos campos e avistamos a casa sede da antiga fazenda cercada por lindas e centenárias figueiras. Chegamos de camionete até um ponto que ficava aproximadamente um quilômetro e meio da laguna, formado por grandes dunas de areia e uma rica e bela vegetação nativa, e seguimos a pé até as margens desta. Chegando à praia constatamos que o caiaque estava a mais ou menos a três quilômetros e meio de distância em direção ao sul. A água da laguna estava bastante calma, totalmente diferente da do dia em que tivemos de abandonar o caiaque. (Professor Hélio)

Na praia identificamos os eucaliptos mencionados pelos pescadores e pelo Sr. Pedro, novamente verifiquei a distância até nosso objetivo – 3,3km. Caminhamos junto à água para evitar as areias fofas da margem e, no caminho, fomos admirando a vegetação, as imensas e sofridas figueiras e as inúmeras bromélias e orquídeas.

Ao caminhar pela praia também observamos belas orquídeas e bromélias junto das dunas contrastando com o lixo junto das margens levado pelas águas e inúmeros mexilhões dourados mortos, às vezes, causando mau cheiro. Por volta das dez e meia chegamos ao local do resgate onde encontramos o caiaque exatamente como o deixamos. Após avaliá-lo vimos que ele estava em condições de navegar em águas calmas o que nos pouparia esforços. Assim eu vim remando o caiaque próximo da praia e os outros três caminhando até o ponto mais próximo da laguna com o local que estava o carro. (Professor Hélio)

Depois de caminhar por uns quarenta minutos chegamos ao local onde deixáramos nosso caiaque e, felizmente, lá estava ele, o remo, leme, e a saia. Como as águas da Laguna ainda estavam bastante calmas sugeri ao Hélio que fosse remando até os eucaliptos e lá nos aguardasse.

Neste ponto, perto de uma grande duna coberta com vegetação nativa, paramos para descansar e fazer um lanche, enquanto minha filha aproveitou para andar um pouco de caiaque. (Professor Hélio)

Nos eucaliptos fizemos uma pausa para alimentação e hidratação antes de partirmos para o percurso mais estafante, carregar o caiaque pelas dunas e terrenos alagadiços.

O trecho seguinte do resgate, embora com cerca de apenas um quilômetro e meio, foi o mais desgastante, pois tivemos de carregar o caiaque através de dunas e banhados até o carro. Eu, o Cel Hiram e seu Pedro nos revezávamos nesta missão enquanto minha filha levava o remo e batia fotos.

Iniciei, com o Hélio, o transporte pelas dunas e logo de início verificamos o quanto seria estafante tal procedimento. A Dafne carregou o remo e fomos lentamente vencendo os obstáculos. Mais adiante o Pedro me substituiu e nos revezamos até chegar exaustos ao local onde estava estacionada a camionete.

Quando chegamos ao carro, descansamos um pouco, comemos algumas frutas, prendemos o caiaque e partimos satisfeitos pelo sucesso da missão cumprida. (Professor Hélio)

Fizemos uma parada para descanso e um pequeno lanche antes de carregarmos o caiaque na camionete e retornarmos à sede onde transferimos o caiaque para o meu carro. Encerramos nossa missão com um almoço no Restaurante das Cucas na BR 116, km 338. Nossas expedições pelos brasileiros caudais tem nos propiciado encontrar pessoas fantásticas e muito prestativas como o caso do amigo Pedro Auso e tantos outros cujas amizades fazemos questão de solidificar.


– Blog e Livro

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O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.



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Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM)
Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional