ULTRAGAZ

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SINCRETISMO RELIGIOSO

SINCRETISMO RELIGIOSO

“Nas asas do puro idealismo surgem as ideias brilhantes, e as ações para transformar a vida dos integrantes. Nosso Mestre planejava em altos voos idealizava ações sociais importantes...”(Alba de Moura).

Sincretismo palavra de origem grega συγκρητισμός, (grifo nosso) que se refere originalmente a “coalização” dos cretenses, composto de σύν “com, junto” Κρήτη “Creta”, que se refere a uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja das crenças religiosas, seja nas filosóficas. Também podemos dizer baseado nos ensinamentos históricos, que a origem do sincretismo se deve a Plutarco no capítulo “amor fraternal” (grifo nosso) no seu (“Moralidades”) onde comenta que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim, por exemplo, de se unir a combater um mal maior. Creta  é a maior ilha e uma das treze periferias da Grécia. Está no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundo um mito, era naquela ilha que vivia o minotauro. A capital da ilha é a cidade de Iráclio. É formada por quatro prefeituras: Chania; Rethymno; Heraklion; Lasithi. Provavelmente os povoadores de Creta eram arianos provindos da Ásia Menor.

Contudo, existem hipóteses de que fossem mediterrâneos devido à sua constituição física (baixos e morenos). A população era quase toda formada por pescadores e marinheiros. Creta é a maior ilha grega, tendo 8.336 km2. Então sincretismo é agir como os cretenses agiam unir coisas dispares apesar das diferenças a favor do que é semelhante (cretenses eram antes das diferenças cretenses). Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de outra religião. Quando o Império Romano se dividiu em 395, Creta assumiu um papel importantíssimo pelo lugar central que ocupava e por estar incluída no Império Romano do Oriente, tendo sido um importante posto bizantino.

Entre 823961 a ilha foi ocupada pelos árabes, tendo sido conquistada por Veneza no decurso da Quarta Cruzada. Estes teriam que defender a ilha das investidas dos turcos otomanos durante o século XV.  Instalam-se na ilha em 1645 e acabam por conquistá-la totalmente em 1715, introduzindo o islamismo. Tornou-se um estado autônomo em 20 de março de 1898 e independente em 6 de outubro de 1908 ficando a população dividida entre turcos e gregos. Esta é uma lista de soberanos Cretenses na mitologia grega: Asterion, marido de Europa; Minos, filho de Zeus e Europa (Minos pode ter sido um rei mitológico ou pode ter sido um termo local para rei, semelhante à palavra faraó no Egito); Deucalião, filho de Minos (ou de outro Minos) e Idomeneu, neto de Minos. É de suma importância que expliquemos que no período de decadência de Roma os povos germânicos começaram a entrar em seus territórios, de forma bem pacífica, e até amada, misturando as culturas cristãs romana com a mitologia germânica. Como Roma naquela época já se tornara cristã tentou cristianizar os germânicos, mas estes estavam muito atrelados a sua cultura.

As influências, principalmente em religião são notórias, o sincretismo também é comum à literatura, música, representações e várias expressões culturais. Podemos denotar isso quando analisamos o conceito de ecletismo. No significado mais simples e usual o ecletismo é o método que reúne teses de sistemas diversos. O professor Antônio Flávio Pierucci, do departamento de sociologia da USP, afirma que a umbanda é a mais sincrética das religiões afro-brasileiras, tendo acentuado seu lado ocidentalizado com o kardecismo e continuando cada vez mais híbrida. “Sua tendência mais recente é a incorporação dos elementos mágicos da chamada Nova Era”, completa. Em alguns terreiros, portanto, o frequentador pode receber uma indicação de Floral de Bach junto com o passe. São os reflexos de uma mescla que tem legitimidade social. Não é à toa que no maior país católico do mundo, a passagem do ano é uma festa profana, com brasileiros de todas as origens sociais vestidos de branco, fazendo suas oferendas para Iemanjá.

No site Wikipédia, pinçamos a seguinte explicação: Letristas como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Jorge Bem Jor retratam o tema em diversas canções, enquanto Dias Gomes levou-o para o teatro com a peça “O Pagador de Promessas” que mais tarde, foi levada para o cinema, conquistando uma Palma de Ouro no Festival de Cannes e uma indicação ao prêmio “Oscar” de melhor filme estrangeiro. O Sincretismo também pode ser político e cultura. Existem categorias de Religiões Sincréticas, bem suas subcategorias: que estão divididas em quatro: Batuque; Espiritualismo universalista; Umbanda e Xambá. Por sua vez as subcategorias se dividem em mais vinte e uma e tem valor de religião sincrética e estão assim delineadas: “Associação das famílias para Unificação e Paz Mundial; Associação Unitária Universalista; Babaçuê;  Cabula; Drusos; Endoísmo; Igreja do Bom Jesus do Bonfim das águas Vermelhas; Lacrimologia; Macumba; Omolokô; Pajelança; PL Kyodan; Principia Discórdia; Santeria; Seicho-no-ie; Sincretismo; Tambor de Mina; Umbanda; Unitário-Universalismo; Xangô do Nordeste”. 

Muita gente fala que a Macumba não faz parte do sincretismo religioso, mas se formos definir o que seja macumba ela sim faz parte, senão vejamos: “É um sincretismo de origem afro-brasileira, amalgando elementos de várias religiões indígenas brasileiras e do cristianismo”. Por exemplo, os macumbeiros substituíram os nomes dos santos da igreja pelos da mitologia africana. Vejamos dois exemplos: o nosso Irmão Maior, Jesus, é chamado de Oxalá; Maria mãe de Jesus é chamada de Iemanjá. A pomba-gira, a eterna companheira do malandro Zé Pilintra, é um famoso caboclo do Candomblé. Catimbozeiros conterrâneos de Idi Amim Dadá praticavam o ritual de ocultismo de Uganda. Estamos nos atendo um pouco na Macumba, visto que ela é conhecida como um instrumento musical de percussão, uma espécie de reco-reco que origina um som de rapa (rascante).

No entanto, convém salientar que: “O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como “xô macumba” e “chuta que é macumba” para demonstrar desagrado com a má sorte”. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar o azar. Macumba também pode ser a designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndios, africanos, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo, etc. Veja a Definição de João do Rio: No Rio de Janeiro, as nações do candomblé se fundiram umas nas outras, deixando-se também penetrar profundamente por influências exteriores, ameríndias, católicas, espíritas, dando nascimento a uma religião essencialmente sincrética, a Macumba. João do Rio, As Religiões do Rio, 13-52. (Grifo nosso). O mesmo que candomblé, correspondente ao xangô pernambucano. * Diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que macumba, na Bahia.

Macumba, na acepção popular do vocábulo, é mais ligada ao emprego do ebó, feitiço, Coisa-feita, mironga, mandinga, muamba, mais reunião de bruxaria que ato religioso como candomblé. Palavra usada no sentido pejorativo para se referir ao candomblé do Rio de Janeiro * palavra usada para definir a mistura de umbanda, kimbanda, vodu, candomblé, feitiçaria e bruxaria. Palavra utilizada para se referir aos despachos depositados em encruzilhadas. Macumba, como a palavra é conhecida no Rio de Janeiro, é o mesmo que "Ebó", como é conhecida na Bahia (Candomblé). Denominação atribuída à quimbanda pelos seguidores da umbanda da chamada linha branca. (Fonte de Consulta) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Macumba).

Por meio do médium Zélio Moraes e do Espírito de um padre, chamado Gabriel Malagrina, na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, nasceu a Umbanda cristã, bem brasileira. Todas essas informações são documentadas, testemunhadas e há um acervo com as fitas gravadas, fotos etc. O trabalho desse Espírito deu origem a uma linhagem de terreiros onde não se fazem rituais de sacrifícios, não se olha a sorte. Há Umbanda de mesa, umbanda pé no chão, Umbanda Omolocô etc. Umbanda: é a manifestação do Espírito para a prática da caridade, os orixás ou divindades, porém, não há sacrifícios de animais e não há rituais semelhantes aos cultos afros.

Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da Pajelança, dando origem a outro culto chamado "Candomblé de Caboclo". Naturalmente, os Espíritos que se manifestavam eram os de índios e negros, que o faziam com finalidades diversas. Naquela época não havia liberdade religiosa e a única forma de continuarem com suas crenças de origem era através do "sincretismo religioso", ou seja, a associação entre os orixás e os santos da Igreja Católica. Canjerê, Catimbó, macumba, Quimbanda, Omolocô são cultos também de matriz africana, porém, há manifestação de vários espíritos. Macumba é designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos influenciadas pelo candomblé e com elementos ameríndeos, africanos, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo etc.

Macumba é um dos cultos dos Negros bantu do Rio de Janeiro. Os negros, brancos de classe média e terreiros fiéis às tradições ancestrais da Macumba, q deram origem ao que se passou a ser chamado de ‘Quimbanda’ pela ala Kardecista (doutrina espírita baseada em Allan Kardec) da antiga Macumba. E esta ala Kardecista remanescente passou a se nomear de ‘Umbanda’. Macumba também é o mesmo que ebó, preceito do Candomblé, mandinga, mironga, e também como termo pejorativo, feitiçaria, bruxaria. Diz-se mais comumente Macumba que Candomblé, no Rio de Janeiro, e mais Candomblé do que Macumba, na Bahia. (Fonte: site Yahoo).  É um pouco polêmico, e quiçá complicado o estudo sobre o sincretismo religioso, pois existem muitas vertentes para se chegar a um denominador comum.

No entanto, se formos analisar com bastante cuidado e critério vemos que membros de algumas religiões que migraram para outras, levaram algum aprendizado e passaram a praticar na religião de adesão. Fatores que devem ser levados em conta, e que a história das religiões nos assevera e que serviram de aprendizado ou como influências da Igreja Católica e do Espiritismo.  O Espiritismo foi criado na França em 1857 por Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, 3 de outubro de 180, e falecido em Paris, em 31 de março de 1869, tendo sido educador, escritor e tradutor francês. Notabilizou-se como o codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado) também denominado de Doutrina Espírita. (grifo nosso). Por esses fatores enumerados, haja um conflito de opiniões, mas que a atribuição de cada sincretismo não seja desvirtuada, pois representa fé e cultura de nossos antepassados que perduram até os dias atuais. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE- DAUBT E DA ACE

COMISSÃO DA HIPOCRISIA


mostrar detalhes 09:27 (2 horas atrás)

COMISSÃO DA HIPOCRISIA

REPASSEM PARA SALVAÇÃO DO BRASIL

Marco Antonio Esteves Balbi

No final do dia 19 de outubro de 2011, repassei aos meus correspondentes o link de uma notícia da página do Senado Federal, relatando a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça, do projeto de lei da Comissão da Verdade, de autoria do Executivo e já aprovado na Câmara dos Deputados.
Disse naquela oportunidade que a luta continuava, embora não soubesse bem como. Será que é possível sustar a votação em caráter de urgência/urgentíssima no plenário do Senado na próxima semana? Será que, em sendo aprovado e depois de sancionado pelo Executivo, poder-se-á apresentar alguma medida judicial que impeça o seu funcionamento?
Enquanto divagava nos meus pensamentos, eis que um antigo e experiente chefe militar, respondeu a minha mensagem e me chamou a atenção para o largo sorriso que estampava o rosto do relator, o Senador Aloysio Nunes Ferreira, na fotografia que ilustrava a matéria. E lembrava um pequeno detalhe do currículo do Senador: o assalto ao trem-pagador da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Não se passa um dia se quer sem que se comprove a assertiva. Acolhemos todo o tipo de bandido e deportamos outros nem tão culpados assim, dependendo da ideologia.
Lembram-se de Ronald Biggs que chegou a ter vida de celebridade aqui entre nós, sendo um renomado assaltante de trem?
Bom, fiz esta digressão no parágrafo acima para dizer que o Senador Aloysio Nunes Ferreira foi elogiado pelos seus pares, de acordo com a matéria a qual me referi, por "ter sido vítima da repressão, tendo sido perseguido por sua militância política e obrigado a sair do país".
Vejamos como se deram estes fatos, em especial para conhecimento dos jovens. E para eles vou citar que as fontes estão disponíveis em qualquer site de buscas. Começou a militância política em 1963 quando entrou na Faculdade do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo. Logo depois da revolução de março de 1964, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) que atuava na clandestinidade.
Como o PCB se opunha à luta armada Aloysio Nunes, assim como vários jovens da época que tinham ideais esquerdistas, ingressou na ALN -Aliança Libertadora Nacional, organização guerrilheira liderada por Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo.
Assumiu na clandestinidade o pseudônimo Mateus. Durante muito  tempo foi motorista e guarda-costas de Marighella. As ações da Aliança Libertadora Nacional incluíram assaltos para angariar fundos que sustentariam a luta armada. Em agosto de 1968, Aloysio Nunes participou do assalto ao trem pagador da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Segundo relatos da imprensa da época, a ação ocorreu sem que houvesse o disparo de qualquer tiro. Aloysio Nunes foi o motorista do carro no qual os assaltantes fugiram do local com os malotes que continham NCr$ 108 milhões(US$ 21.600), dinheiro suficiente para o pagamento de todos os funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Em outubro do mesmo ano, participou do assalto ao carro-pagador da Massey-Ferguson, interceptando o veículo na Praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.
Sofrendo um processo penal em que já havia um pedido de prisão preventiva e com a possibilidade de que descobrissem algo sobre suas ações armadas, foi enviado a Paris por Marighella utilizando um passaporte falso. Foi posteriormente identificado como guerrilheiro e condenado com base na extinta Lei de Segurança Nacional. Tornou-se representante da Ação Libertadora Nacional no exterior e coordenou as ligações desta com movimentos de esquerda de todo o mundo. Filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1971 e negociou com o presidente Boumedienne, da Argélia para que brasileiros recebessem treinamento militar de guerrilha naquele país.
Pôde, finalmente em 1979, regressar ao Brasil devido à promulgação da Lei de Anistia, a qual beneficiou todos que cometeram crimes políticos de qualquer tipo.
Agora me respondam: as assertivas dos atuais pares do Senador Aloysio Nunes Ferreira, colocadas entre aspas alguns parágrafos acima, guardam alguma relação com o que aconteceu?
A organização que o Senador pertenceu, chefiada por Marighella e Toledo, foi uma das mais violentas das que atuaram no país e contra a qual as Forças de Segurança tiveram que se contrapor. Notem que em 1968 nem mesmo o "famigerado" AI-5 havia sido promulgado. O Minimanual do Guerrilheiro Urbano de autoria de Marighella foi obra de referência para organizações terroristas do mundo inteiro.
Para finalizar eu pergunto: como acreditar na lisura do trabalho de uma comissão umbilicalmente ligada à Casa Civil, cujos membros serão todos indicados pelo Executivo? Por mais que as declarações sejam concedidas de que só querem conhecer a verdade, como acreditar se até o que já está sobejamente comprovado é deturpado? Será, na melhor das hipóteses, uma comissão da hipocrisia!
http://www.senado.gov.br/noticias/comissao-da-verdade-e-aprovadapela-ccj-e-segue-para-plenario.aspx

O autor é Coronel.
Doc. 247-2011

Os pobres da vida, que assaltaram naquela época, foram para a cadeia. Ele assaltou e nunca foi preso. Ele fugiu para Paris, (quem sabe levando dinheiro do assalto) de livre e espontânea vontade. Nunca ficou um dia na cadeia, mesmo sendo ladrão.
Todo mundo pergunta como um ladrão pode ser senador.
O Grupo GUARARAPES não sabe responder. Quem souber que nos diga.

grupo guararapes

REPASSEM! O BRASIL PRECISA SABER A VERDADE!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

COMO ROLAM NOTÍCIAS NO JORNALISMO


COMO ROLAM NOTÍCIAS NO JORNALISMO

“Reconforte o desesperado. Você não escapará às tentações do desânimo nos círculos da luta. Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçarão.” (André Luiz).

Fatos polêmicos, estranhos, circulam com muita rapidez no jornalismo midiático, ou em todos os matizes trazendo-nos as mais diversas informações do que acontece em nosso estado, no Brasil e no mundo. Denotamos com clareza que os acontecimentos naturalmente são banalizados, pois a famosa e destruidora corrupção sempre está presente, mostrando com todos os detalhes que a impunidade existe, e pelo “andar da carruagem”, ainda vai demorar muito a nos deixar. Falcatruas, enroladas, ações daninhas se revestem com a roupa tosca da maldade, pois o proveito próprio é o matiz principal. Enem – Polêmica no pré-teste. Ministério de Educação e Cultura (MEC) anula provas de 639 alunos em Fortaleza. O MEC anulou as provas de 639 alunos do Colégio Christus que fizeram o Enem.

Na avaliação do Ministério, o princípio de igualdade foi ferido quando o colégio disponibilizou aos estudantes entre nove e 15 questões iguais ou similares às aplicadas no exame. Será que o Ministério de Educação e Cultura vai apurar quem são os responsáveis pela ação daninha, ou simplesmente vai ficar na anulação das provas. Novo exame está previsto para novembro próximo. Diretor da escola diz que “não houve crime”. A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é utilizada por muitas instituições públicas de ensino superior do País como meio de acesso à graduação. Ela pode ser usada ainda em programas de financiamento estudantil.

De acordo com o Ministério, foi identificado que pelo menos nove itens das quatro apostilas distribuídas entre alunos, dias antes do Enem, foram retirados de pré-testes feitos pelo MEC em outubro de 2010. A pré-testagem de questões é prática comum antes da aplicação das provas. O MEC faz isso duas ou três vezes por ano. Fortaleza foi aquinhoada com jogos da Copa das Confederações, e da Copa do Mundo de Futebol de 2014, mas a verdade precisa ser colocada à disposição de todos. Ceará tem as piores rodovias do Nordeste; reprovação é de 79%. Confederação Nacional do Transporte indica apenas indica apenas 21% das nossas rodovias com “bom” ou “Ótimo” estado de conservação. Levando feito através de pesquisas mostra o Ceará como a unidade do Nordeste em pior condição de malha viária de rodovias estaduais e federais.

Para chegar à avaliação final, a Confederação considerou três aspectos: pavimento, sinalização e geometria das vias. Ao todo, o Ceará tem sete mil km de rodovias. Foram avaliados 3.269 km, considerados os principais. Com a palavra o governador do Estado, que tem como lema de seu governo, “Vamos construir um novo Ceará”. Meningite – Casos são isolados, diz SNS. Pessoas que mantiveram contato com a criança que morreu em decorrência de meningite meningocócica C receberam os antibióticos para o bloqueio da transmissão. SMS e SESA afirmam que casos da doença são isolados. A meningite meningocócica C é o tipo mais agressivo da doença. Para a prevenção, é necessário evitar aglomerações e ter ambientes arejados, já que a bactéria é transmitida por meio do ar, pela respiração ou pela saliva.

Manifestação. Idosas pedem mais respeito nos ônibus. A manifestação aconteceu no terminal do Antonio Bezerra de forma descontraída. Trinta idosas chamaram à atenção dos passageiros com a apresentação de dança e teatro de fantoches. No dia 1°. De outubro, é comemorado o Dia Mundial do idoso. Para marcar a data, grupos de idosos atendidos pelo Programa Municipal de Atendimento Básico à Pessoa Idosa (Pabi) realizam intervenções pela cidade pedindo respeito aos direitos conquistados. Policiais – Justiça diz que greve é legal. Tribunal de Justiça declarou nula a decisão do juiz que reconheceu ilegalidade da greve dos policiais civis. “Está anulada a decisão do juiz que, em julho, declarou ilegal a greve dos policiais civis”. A nulidade se estende à multa diária de R$ 10 mil que o magistrado havia aplicado contra o Sinpoci.

Membros da 6ª. Câmara Cível do TJ reconheceram a incompetência do juízo de primeiro grau para decidir sobre a causa. Palmácia – Quadrilha dinamita caixa eletrônico e foge com R$ 40 mil. O Ceará registrou mais uma ação contra bancos. É a 30ª. Este ano. Desta vez, o alvo foi o Bradesco de Palmácia, que foi dinamitado na madrugado do dia 27/10/2011. Ninguém segura mais as quadrilhas de assaltantes a bancos. Uma observação: Palmácia estava com apenas três policiais. O “Modus Operandi” dos bandidos: primeiro vão a Delegacia de Polícia e ao notar a fragilidade em termos de segurança, pintam e bordam. Não duvidem que outra cidade com policiamento reduzido seja vítima dos assaltantes. Quadrilha dinamitou o Bradesco de Palmácia na madrugada de ontem fugiu levando cerca de R$ 40 mil, segundo a Polícia.

Esta já é o 30°. Assalto a banco registrado no Ceará só em 2011. Na noite de terça, 25, a agência da Caixa, em Canindé, também foi alvo dos bandidos. Justiça – Advogada que matou os pais vai a júri popular com o marido. O casal é acusado de ter matado os pais da advogada a facadas. Eles foram denunciados pela Justiça por homicídio triplamente qualificado. A pena, com os agravantes, pode chegar a 50 anos de prisão para cada um, se condenados. Roberta, que faz a própria defesa, e o advogado de Willians, Marco Antonio Arantes de Paiva, vão tentar anular a decisão. Ditadura – Senado aprova criação da Comissão da Verdade no Brasil. O projeto segue agora para a sanção da presidente Dilma, que deverá indicar ainda sete membros da comissão. Ela funcionará por dois anos.

A Comissão da Verdade poderá pedir informações, dados e documentos de quaisquer órgãos do poder público, mesmo se classificados com o mais alto grau de sigilo. Além de determinar a realização de perícias e diligências para coleta ou recuperação de dados e documentos. Se a Comissão é da Verdade, que se apurem os crimes praticados por membros que hoje estão nos altos escalões do governo da presidente Dilma, a começar primeiramente por ela. Sexto - ministro a cair no governo Dilma. Orlando anuncia afastamento. Após reunião com a presidente Dilma, ex-ministro anunciou desligamento da pasta, alegando honra “ferida”. A queda de Orlando Silva (PCdoB) do Ministério do Esporte eleva para seis o números de ministros que já caíram durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em cinco casos, por denúncias de irregularidades nas pastas. Essas demissões comprovam que o ex-presidente Lula estava cego, e só ele não sabia de nada. “Deixe ao irmão a autoria das boas ideias e não se preocupe se for esquecido, convicto de que as iniciativas elevadas não pertencem efetivamente a você, de vez que todo bem procede originalmente de Deus”. Chegamos à conclusão que a violência instalada no Brasil é puramente materialista, isto é, a falta de Deus no coração dos brasileiros praticantes do mal. Pense nisso!
                           
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AOUVIRCE-DA AVSPE- DA ACE

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pouca gente sabe disso...

Pouca gente sabe disso...
Acorda "cumpanhero"
Você sabia e não contou a ninguém?
Se não sabia, acredite se quiser:
Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações é marido da senadora
Gleisi Hoffmann, Chefe da Casa Civil.
Gilberto Crvalho, secretário geral da presidência é irmão de Mrian
Belchior, Ministra do Planejamento.
Essa Mrian Belchior já foi casada com Celso Daniel, ex-prefeito de
Santo André que morreu assassinado.
Doutora Elizabete Sato, Delegada de Polícia que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel é tia de Marcelo Sato, marido de Lurian, que, apenas por coincidência, é filha de Luiz Inácio Lula da Silva.
Exatamente: Marcelo Sato, o genro do ex-presidente da República LULA, é sobrinho da Delegada Elisabete Sato, Titular da 78ª DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um "crime comum sem motivação política”!
Também, apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina - BESC (federalizado), do qual é dirigente Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial de Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês), e ainda, por outra incrível coincidência, o marido da senadora Ideli Salvatti (PT) é o Presidente do BESC!
Será que tudo é uma “mera” casualidade

QUE VERGONHA, MEU DEUS! LEIAM!

QUE VERGONHA, MEU DEUS! LEIAM!

REPASSE, POR FAVOR

O PAÍS DA IMORALIDADE

Reproduzo um trecho.

(…)
Relator do caso que resultou no arquivamento do processo que investigou a família Sarney, o ministro Sebastião Reis Júnior foi empossado em junho passado no STJ.

Um de seus amigos diletos é o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro. Kakay, como o advogado é conhecido em Brasília, também é amigo de Sarney e defensor do clã maranhense há tempos. (…)

“O Sebastião é meu amigo há muito tempo, mas não atuei nesse caso, não conheço os detalhes do processo nem sabia que ele era o relator”, diz Kakay.

Em fevereiro, o advogado organizou uma feijoada na mansão em que mora, em Brasília, que reuniu ministros, senadores e advogados famosos.
 
Sebastião Reis era um dos convidados. Na ocasião, apesar de ainda ser aspirante à vaga no STJ, já era paparicado como “ministro” por alguns convivas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal José Dias Toffoli também participou da feijoada, que varou a madrugada.

Ah, as festas e os quartos de hotel em Brasília…


No dia 17 passado, um sábado, Toffoli, Kakay e representantes de famosas bancas de advogados de Brasília voltaram a se encontrar em uma festa, em Araxá, Minas Gerais, no casamento de um dos filhos do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence.

O aeroporto da cidade não via um movimento assim tão intenso fazia muito tempo. Os convidados mais famosos chegaram a bordo de aviões particulares, inclusive o ministro Dias Toffoli. Em nota, ele explicou que o avião lhe fora cedido pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, onde dá aulas.

Naquele dia, por coincidência, o ministro, que estava junto de sua companheira, informou que tinha um compromisso de trabalho no campus que a instituição mantém em Araxá.

Sepúlveda Pertence é o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência - uma espécie de vigilante e fiscal do comportamento das autoridades do Executivo.

Além de Kakay e Toffoli, ele recebeu como convidados o ex-senador Luiz Estevão (condenado a 31 anos de prisão e que deposita suas últimas esperanças em se safar da cadeia nos recursos que serão julgados no STJ e no Supremo) e o empresário Mauro Dutra (processado por desvio de dinheiro público) - e advogados que defendem ou já defenderam ambos.

Toffoli é relator de um dos processos de Luiz Estevão no Supremo.

Os quartos do hotel mais luxuoso da cidade foram ocupados, portanto, por juízes, réus e advogados que atuam em processos comuns.

A feijoada de Brasília terminou na madrugada do dia seguinte, com um inofensivo karaokê. A festa de Araxá também avançou a madrugada, embalada por música eletrônica. Havia, porém, uma surpresa guardada para o final.”

Era a farta distribuição de lança-perfume, o que é crime, segundo as leis vigentes no país, pelas quais boa parte daqueles convivas — exceção feita aos criminosos, claro! — deveria zelar.

Leia a íntegra da reportagem na revista.

24/09/2011

 

UM MERGULHO NA PROTITUIÇÃO EM BRÁSILIA

Reportagem da revista meiaum e do Brasília 247 revela os meandros do comércio sexual no coração do poder

04 de Agosto de 2011 às 17:54
Rafania Almeida – Políticos gostam de holofotes, de aparecer. Nem sempre. Também atuam por trás das cortinas, no escuro, debaixo dos lençóis. Em casas noturnas, flats, apartamentos funcionais e até no local de trabalho. Pagando por isso, claro. Como fazem homens em geral, independentemente da atividade profissional, dirão. E especialmente quando têm dinheiro e poder. Por que deputados e senadores seriam diferentes?
O problema é que o negócio da prostituição corre solto nos prédios do Congresso Nacional. Em corredores, gabinetes e às vezes no plenário, garotas insinuantes se oferecem, são agenciadas por cafetões de terno e gravata e cortejadas aberta ou discretamente por algumas de Suas Excelências. Não há liturgia do poder que resista.
O mais grave é que algumas são pagas com o dinheiro público, contratadas por parlamentares para "trabalhar" em seus gabinetes. Mas nos gabinetes não trabalham, naturalmente. Passam todos os dias pelo Congresso só para bater o ponto e receber horas extras. As tarefas que executam são fora do expediente.
A meiaum passou três semanas no Congresso conversando e observando. Garotas de programa só para VIPs abriram suas "caixas de pandora" e revelaram como trabalham. Contaram preferências de políticos que conheceram nos dias de sessões e nas noites de prazer. Agenciadores também falaram sobre suas atividades e tentaram recrutar a repórter.
Jovens que acabaram de chegar à maioridade têm rendimento mensal de dar inveja a marajás. Algumas garotas são bilíngues, moram em bairros nobres, têm o corpo aperfeiçoado por dispendiosas cirurgias estéticas e roupas de grife, geralmente presentes de clientes. "Se os políticos fizerem greve, as putas de Brasília quebram as pernas", afirma uma delas.
I Evangélico e solteiro procura
Cabelos negros, compridos e olhos marcados pela maquiagem exagerada. A beleza não é de chamar a atenção. Por isso ela usa as roupas justas, muito apertadas na região da paixão nacional, em cores fortes. Quase todos têm histórias dela para contar.
Seu trabalho é coletar assinaturas de deputados em projetos de lei. Há muitas meninas fazendo isso nos corredores da Câmara. Ela faz há dez anos, mas não se limita às assinaturas. Não faz cerimônia. Chama muitos parlamentares pelo primeiro nome, com intimidade.
Distancia-se para conversar com um deputado, a jornalista espera. Volta e é clara: "Você precisa ser simpática. Sorria. O deputado gostou de você. Vou arrumar uma 'matéria' com ele para você".
Ela estava se recusando a dar entrevista e não queria falar nem quanto ganha ("menos de R$ 3 mil", cedeu). Só aceitou conversar quando o deputado lhe perguntou quem era a moça com quem falava. "Ele mandou dizer que é da bancada evangélica e é solteiro", cochichou. "Não seja boba! Ele te traz pra cá, para o gabinete dele." Quando o deputado evangélico e solteiro volta, faz questão de apresentá-lo. Ressalta os olhos claros do homem de 46 anos, 20 a mais que a jornalista, e seu alto poder aquisitivo. Salienta que era ela a responsável pela apresentação, enquanto ele conferia o "produto".
Ele foi embora e ela repetia que mandaria a jornalista ao gabinete dele, garantindo que poderia "contar" com ela. Foi quando se sentiu à vontade para revelar que um deputado pagou sua faculdade de Direito, mas ela desistiu na metade. "Fazer Direito para quê? Ficar enfiada em uma salinha? Eu amo colher assinaturas. Amo os parlamentares. Quero fazer isso pelo resto da minha vida." E contou que comprou um apartamento de R$ 200 mil no Guará, valor que não cabe nos R$ 3 mil que diz receber.
Um homem observou a movimentação e aproximou-se: "Ela ganha muito mais por fora. Já saiu com deputados. Mas está mais para agenciadora do que agenciada. Se quiser, te consigo uma vaga aqui e você vai parar rapidinho em um gabinete". Fez a mesma recomendação que a moça da roupa de cores fortes. "É só ser mais simpática e fazer o que pedem. Pode ser amante, mas não precisa ser fixa."
Um bom desempenho poderia render à jornalista até R$ 10 mil por mês, segundo o rapaz.
II O charme das assinaturas
Belas e ousadas. Esse é o perfil das garotas das assinaturas da Câmara. O objetivo é conseguir pelo menos 171 assinaturas para um projeto. Em meio às garotas é possível encontrar poucos homens, e há duas ou três senhoras que já estão lá há anos na função. Poucas meninas não chamam a atenção pela aparência. Nem todas vão além do recolhimento de assinaturas, mas não são poucas as que buscam mais do que isso.
Uma delas, de pernas grossas e quadril abundante, se destaca pelo tamanho do vestido. A jaqueta jeans esconde um pouco, mas nada desmerece as curvas da pequena moça em cima de seu salto 15 cm. Alguns disfarçam, enquanto outros quase quebram o pescoço para conferir o corpo dessa e o de outras meninas. Há parlamentares que nem assinam, mas fazem questão de dar uma paradinha para cumprimentá-las. A simpatia é mesmo arma de trabalho, às vezes exacerbada.
As moças não trabalham todos os dias, apenas em dias de sessão, de terça a quinta-feira. É no banheiro do corredor das lideranças que abrem o bico sobre suas aventuras políticas. "Aquele velho me levou para a tal festinha, como é pegajoso!", revela uma delas, aos risos. Outra dá dicas para aguentar, pois os "presentes valem a pena". Contam detalhes sórdidos sobre as atitudes de Suas Excelências, mas sem deixar escapar demais e se queimar no meio. Outra admite: "Eu adoro as festinhas. Vou a todas".
O colega, homem, em desvantagem na corrida pelas assinaturas, aproveita a ausência das meninas para revelar segredos: "Aquela ali mesmo era ninguém aqui. Andava de jeans e camiseta. Hoje posa em cima do salto e vestidinho brilhante, contratada pelo gabinete de um deputado". Diz que já viu meninas que ganhavam R$ 3 mil sem nenhum contrato com a Casa receberem bônus de até R$ 15 mil. "Deputado não mede esforços para conseguir o que quer, se é que você me entende", conta o rapaz. "Você não tem vontade de colher assinaturas também? Tem gente aqui que ia gostar de você", pergunta, no intuito de também ganhar um por fora.
III O ponto das mexericas
São 19 horas de terça-feira. O movimento nos Anexos II e IV da Câmara aumenta consideravelmente. É hora de bater o ponto. Pessoas chegam com filhos vindos da escola, vestindo moletom ou roupa de academia, para não perder as horas extras. As meninas se destacam. Há as que chegam de chinelo, correndo para não perder o horário, outras com os cabelos molhados, roupa justa. Entram e não demoram cinco minutos para se afastar. Têm de ser discretas. As mais espertas entram pela parte de trás do Anexo IV e pegam carona na parte da frente. Assim, fica mais difícil desconfiarem da maracutaia.
No dia seguinte, a jovem dos cabelos molhados chega religiosamente no mesmo horário. Dessa vez um pouco mais calma. Entra, volta poucos minutos depois e fica sentada no fundo do prédio. Acende um cigarro, lancha, conversa com um comerciante que fica por ali. Em dia de sessão extra, é preciso ficar pelo menos até as 20h30 para ganhar um adicional no fim do mês.
Os motoristas das autoridades as apelidaram de mexericas. Recebem uma grana, têm crachá, batem ponto e estão na lista de funcionários, mas trabalho que é bom, nada. A não ser que prestem serviço fora da Casa. "No Anexo IV é mais fácil burlar, no II o serviço é técnico e tem gente de olho", diz um funcionário há 15 anos lá.
Um homem apontado como agenciador de garotas aperta os olhos e reduz o volume da voz para falar: "Cada deputado tem R$ 60 mil para fazer nomeações. Pode chamar quem quiser, inclusive as amantes. Sai mais barato pagar uma garota pra não vir trabalhar do que ter gasto dobrado, não é?" Para ele, bobos são os que se satisfazem com R$ 1 mil mais transporte e alimentação para virarem laranjas. "Elas, não. Ganham muito bem, têm status de funcionárias da Casa e nem ficam aqui. Podem trabalhar por fora." E finaliza: "Tá interessada?"
IV Esforço que compensa
As duas moças têm beleza e grande poder de sedução. Fazem sucesso no Congresso. A mais famosa é uma loira que já ganhou de jantares românticos nos restaurantes mais caros da cidade a propostas de programa com direito a voo de jatinho. Contratada pela Câmara, desfila pelos corredores com sua beleza estonteante, que deixa até outras mulheres babando. É concorrente forte.
Apaixonados sem cacife para passar uma noite com a moça dizem que ela já foi mais humilde. "Cobrava R$ 700, mas, depois de desfilar com o mais cotado dos parlamentares e o maior fã de garotas de programa, já pede R$ 1.200 por uma noite." Apesar de trabalhar para outras pessoas, escolheu seu preferido e costuma passear com ele pelos corredores da Câmara. Ela é o biótipo de que ele gosta, por isso tem o privilégio de ser a garota eleita. "Ela é tão encantadora que tem homem sofrendo de amor, pagando presentes caríssimos para conquistá-la, mas ela prefere o dinheiro e só satisfaz aqueles dispostos a pagar-lhe", revolta-se um admirador.
A outra não mediu esforços para fazer contatos no Congresso e conseguir uma carteira de clientes de respeito e contas bancárias milionárias. A espertinha conseguiu crachá falso que lhe dava acesso ao plenário, onde podia fazer, literalmente, o corpo a corpo com os deputados. Certa vez, armou uma confusão e foi barrada pelos seguranças, que descobriram a falcatrua do crachá.
E quem disse que isso a impediu de conquistar seu objetivo? Já havia tido o tempo necessário de fazer "amizade" com parlamentares e garantir um lugar ao lado deles no elevador de autoridades, onde não importa o crachá, mas o poder do deputado ou do senador. Segurança algum ousa levantar a voz para ela. Fez, aconteceu e conseguiu uma vaga no Senado. Trabalhava no cerimonial, mas foi demitida pelos sucessivos barracos que aprontava. Foi indicada para trabalhar na Procuradoria-Geral da República, onde passava apenas para deixar a bolsa e voltar ao Congresso para dar duro. Bastaram os três meses de experiência para ser demitida e voltar ao Senado, no emprego em que está até hoje.
E ainda aproveita para fazer propaganda do negócio que mantém fora, com serviços que custam R$ 1.200 por noite.
V A calcinha vermelha
A noite brasiliense é um paraíso para as aventuras de políticos. Os lugares favoritos são a casa de shows Pathernon, no Setor de Indústrias Gráficas, e a boate do Hotel Bonaparte, na Asa Sul. Abrigam as jovens mais bonitas e mais caras e os ambientes mais discretos. Seguranças, motoristas e assessores figuram como amigos, para que ninguém desconfie de nada. Elas comem e bebem do bom e do melhor por conta de Suas Excelências.
"Sempre me alimento melhor quando o cliente é político. Eles querem mostrar que podem e nisso não economizam." Miriam é encantada por eles. Na cama da menina de 18 anos, eles se transformam em pessoas carinhosas, preocupadas, atenciosas: "Está com frio? Eu cuido de você". Se é governador então, melhor ainda, ela diz. Ela não se esquece do prefeito mineiro que atendeu durante uma das marchas dos prefeitos. "Ele continua me ligando, mesmo não estando aqui."
Diz que o dinheiro dos políticos garantirá a ela, em breve, um apartamento no Sudoeste. Por hora, preocupa-se apenas em se manter bonita e pagar o aluguel de R$ 2 mil do flat no bairro nobre. Em julho, nas férias, aceita fazer programa com pessoas de menor poder aquisitivo. Cobra R$ 400 a hora, dependendo do tipo de trabalho. "É apenas para manter o meu padrão de vida, mas eu gosto mesmo é quando o Congresso está funcionando. Ganho muito mais."
Sem os políticos, diz, "as putas da cidade quebram as pernas". Foi com um deputado nordestino que teve uma de suas noites mais inusitadas. Achou que a calcinha vermelha rendada que ele tirou do bolso do paletó era presente para ela. Ainda agradecia quando o deputado deixou-a boquiaberta: ele se despiu e vestiu a lingerie. "Ele desfilava pelo quarto como uma lady. Andava na ponta dos pés, sorria, parecia uma miss."
Enquanto ela sorria discretamente e o elogiava, descobriu que seu papel naquela madrugada não seria o da menina inocente e sedutora, mas o do homem da relação. Depois disso, nunca mais o viu.
VI A gaveta das notas de R$ 100
Mesmo recebendo R$ 26 mil por mês, fora verbas indenizatórias, há parlamentares que pechincham muito ao negociar com as garotas de programa da cidade.
Viviane, loira de seios naturalmente fartos, não aceitou barganhar com dois deles, que pediram que ela e a amiga baixassem o preço do programa no apartamento funcional. "Nunca faria isso. Deveriam é pagar melhor. Eles roubam dinheiro do povo, incluindo o meu, e não perderia a oportunidade de tirar uma boa verba deles." Viviane os conheceu em um famoso restaurante da Asa Sul. A sofisticação dela chamou a atenção dos dois parlamentares. Ela bebia um uísque Jack Daniel's quando foi abordada. Disse que sairia com as duas excelências se eles estivessem dispostos a pagar. Eles aceitaram, mas só reclamaram do preço no encerramento dos trabalhos.
A loira prefere sair com altos funcionários do governo. Foi com eles que conheceu uma mansão no Lago Sul, com piso de mármore Carrara e um quarto com uma gaveta de mais de um metro de comprimento, de onde um dos clientes tirava notas e mais notas de R$ 100 para impressioná-la. O grande trunfo da jovem de 24 anos, que chega a ganhar R$ 30 mil por mês, é um lobista famoso. "Ele tira bolos de dinheiro do bolso para pagar tudo", conta. Já o viu gastar R$ 2 mil em um jantar para quatro pessoas em um restaurante.
Viviane ainda não está satisfeita. Quer o contato de uma mulher que promove festas no Lago Sul para políticos, com a presença de mulheres famosas e capas de revista, cujos programas saem por, no mínimo R$ 13 mil. "E ainda quero desfilar no Congresso para incrementar minha renda."
VII 19 anos, R$ 25 mil na bolsa
Morena, 1,63 metro, 55 kg, cabelos negros, 400 ml de silicone em cada seio, 19 anos. É no Pathernon que Rayka mostra o corpo e o talento para atrair homens. "O segredo é não se atirar. Quem tem dinheiro gosta de seduzir." Enquanto as colegas partem para cima dos engravatados, ela joga o charme de longe.
É quando prefeitos, clientes assíduos da casa quando estão na cidade, não economizam para conseguir uma noite com ela. Cinco meses atrás, morava em Goiânia e ganhava pouco. Hoje tira R$ 25 mil por mês, fora presentes, como R$ 4 mil em roupas em um shopping caro da cidade. Tudo graças aos clientes financeiramente favorecidos, como empresários e parlamentares, além dos "queridos prefeitos" que pagam até R$ 3 mil para uma noite com a moça. "Sou a mulher que eles querem que eu seja. Executiva, moleca, devassa. Eles me pagam para isso." Já fez papel de namorada, de sobrinha. Para isso, estuda espanhol e inglês. Precisa estar sempre disposta, social e apresentável para não levantar suspeitas. Goianos e gaúchos são os mais seduzidos pelos encantos de Rayka. "Também são os mais exigentes", assegura. Na hora da fantasia, vale tudo, com pagamento sempre em dinheiro, não importa o valor.
Programa bom é programa ilegal
Garotas de programa circulam abertamente pelo Congresso, mas deputados e senadores não querem reconhecer a profissão que elas exercem. Em 2003, o então deputado Fernando Gabeira, do Partido Verde, apresentou proposta de regulamentação da profissão, com base em reivindicações de organizações da categoria. Ouviu mulheres que já haviam abandonado o sexo como trabalho e outras que ainda sobreviviam disso.
Mas de nada adiantaram os depoimentos dramáticos de mulheres que sofrem nas mãos de cafetões. Em 2007, o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ACM Neto (DEM-BA), deu parecer contrário e a proposta foi derrotada.
Gabeira afirma que ACM Neto tem uma visão equivocada do projeto, achando que aprová-lo seria uma afronta à família. "Essas mulheres usam o corpo para sustentar suas famílias", diz. O ex-deputado pega no ponto: "É um problema de consciência e contradição no discurso".
O projeto de Gabeira previa fiscalização profissional e, com isso, o risco ao já ilegal emprego de agenciadores, que fazem a intermediação entre os parlamentares e as garotas de programa. Gabeira diz que um grupo de deputados tenta ressuscitar o projeto e colocá-lo em tramitação. As organizações não governamentais envolvidas no assunto tentam fazer um movimento em prol do projeto, mas não há nenhuma garantia de que seguirá adiante.
Já o deputado João Campos (PSDB-GO) pretende acabar com a prostituição. Apresentou um projeto de lei que criminaliza o pagamento por serviços sexuais. Outras propostas parecidas já foram apresentadas e arquivadas, como a do então deputado Elimar Máximo Damasceno, eleito pelo extinto Prona em São Paulo.