ULTRAGAZ

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A PERIFERIA ABANDONADA


A PERIFERIA ABANDONADA

O prazer do ser humano moderno é ganhar cada vez mais, não se importando com o que acontece a qualquer outra pessoa. O brasileiro não imantou ainda os ensinamentos divinos de amor, perdão, caridade e fraternidade. Compartilhar o muito que tem com os menos favorecidos, nem pensar. A cultura do bem ainda não está enraizada em nossas vidas, mesmo com o avanço da ciência e da tecnologia. Algumas religiões desvirtuaram o caminho da espiritualidade imantando a materialidade.

Sabemos que o vil metal é importante, mas muitos gulosos, invejosos e inescrupulosos só querem para si e estão praticando o “quanto mais tem, mais quer”. Percorrendo as ruas e avenidas de Fortaleza, constatamos a indiferença dos governos com a população mais carente, enquanto locais de luxo são preservados e limpos a periferia continua pobre, suja e sem saneamento básico.

A violência em sua maioria aumenta na camada mais carente da sociedade. Nos guetos, nas vielas, nas favelas e áreas de risco. Se os governantes vissem com bons olhos a periferia, melhorando a vida desses sofredores oferecendo-lhes melhores condições de infraestrutura básica, a violência diminuiria com certeza. Os colégios da periferia, os hospitais, postos de saúde, transportes e segurança estão em petição de miséria. Será que os menos aquinhoados devem ser discriminados a toda hora, a todo instante? A noção de igualdade e fraternidade escoa e faz pirraça deixando o povo esquecido a ver navios.

Mas não é melhor viver de maneira simples, sem tanto luxo e com menos preocupações? Não há prazer em empenhar-se sempre para ganhar até o ponto de não poder desfrutar do que se tem. Segundo Paramahansa Yogananda “mesmo ao se manter excesso de bens em ordem toma muito tempo e muita energia. A verdade é que, quanto mais “necessidades” desnecessárias você tiver, menos paz terá, e quanto menos você for possuído pelos seus bens, mas felicidade terá”.
Os governantes precisam mudar as estratégicas periféricas das cidades, e investir no homem. O homem esquecido, desiludido e fazendo parte do rol coletivo sairá de seu habitat natural indo à cata de soluções imediatas para amainar seus problemas e de seus familiares. Ao ser discriminado pela sociedade mais evoluída ele partirá para a prática de ações daninhas para a sua vida e o azimute mais próximo para ele será a marginalidade. Na tentativa de furto, roubo e/ ou outras ações criminosas encontrando facilidades com certeza voltará a praticar os mesmo delitos. O que se deve ter em mente é a execução de um trabalho construtivo. Todos são iguais perante a lei, mas as leis normalmente são burladas em detrimento de nossos direitos adquiridos.

O trabalho profícuo é aquele que visa a todos sem exceção, mas nossos representantes políticos resolvem meter os pés pela cabeça e procuram aumentar seus patrimônios e o perigo está na liberação das famosas verbas de cunho social. Nem mesmo os políticos estão preparados para o exercício da democracia, pois é comum confundirem política com politicagem. A briga por cargos importantes é titânica e às vezes infernal. Nas manifestações da natureza sempre quem sai perdendo são os moradores da periferia, visto que a infraestrutura não existe. Aqueles mais conscientes aderem ao comércio informal e com que grandeza esse tipo de comércio cresce em nossa cidade.

A necessidade, a fome, o desemprego, a miséria transformam qualquer ser humano. Desses cânceres emanam sementes de violência que estão sendo bem regadas pelos meliantes e marginais, obrigando as vítimas se trancafiarem em suas próprias residências. Nunca na história do Brasil as grandes e as cercas elétricas fizeram a psicosfera brasileira. Existe solução para essa situação calamitosa? Claro que sim. Como os governos gastam bilhões em propagandas, esses gastos usados em prol da “Trindade Social” teriam uma finalidade mais forte trazendo benefícios para a população carente.

Não se comporte como um mortal bajulador. Seja altruísta e relevante, não se deixe dominar, enfrente os obstáculos, as pedras de tropeço com coragem e resignação. Agindo assim, conseguiremos reunir um batalhão de homens que sabem o que quer e lutar pela melhoria das comunidades. Não se deixe apanhar pela máquina do mundo; ela exige demais de você. Quando você conseguir o que está procurando, seus nervos estarão acabados, o coração estará prejudicado e os ossos estarão doendo. É triste afirmar que uma grande parcela da população brasileira já se encontra nesse penoso estado. Deplorável com certeza. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AOUVIRCE- DA AVSPE

BRASIL UM PAÍS DE POLÍTICOS INTERESSEIROS

BRASIL UM PAÍS DE POLÍTICOS INTERESSEIROS




Mal começou o ano político e uma nova gestão na presidência da República, e o risco Severino já permeia os rachas internos no Partido dos Trabalhadores (PT) e no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) pela presidência da Câmara Federal. Quem quer ser presidente da Câmara Federal? Eu, eu, eu! Marcos Maia (PT-RS), Sandro Mabel (PR-GO), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), João Leão (PP-BA), Márcio França (PSB-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) são os candidatos. As brigas em época de nomeação de novos presidentes são costumeiras, e nos faz pensar que político se agarra mais ao interesse dos bons cargos em detrimento do povo que o elegeu. Foi nesse écran perturbador que Severino Cavalcanti foi eleito em 2005 aproveitando as brigas internas nos dois partidos supracitados. O vice-presidente da República eleito, Michel Temer, o homem que engavetou a PL 300, faz tudo para barrar as candidaturas alternativas.



Os constantes rachas internos nos dois partidos epigrafados podem abrir caminho para que representantes do baixo clero comandem a Casa em 2011. De tanto se falar em baixo clero na política iremos dar uma conotação especifica para essa expressão. Na França do Antigo Regime e durante a Revolução Francesa, o termo Primeiro Estado indicava o clero, o Segundo Estado estava à nobreza, e o resto da população constituía o Terceiro Estado. Desses termos veio o nome medieval da assembleia nacional francesa: os Estados Gerais, análogo parlamento britânico, mas sem tradição constitucional dos poderes parlamentares a monarquia francesa reinava absoluta. Dentre os membros do Primeiro Estado estavam: Alto clero, que reunia bispos, abades e cônegos, vindos de famílias da nobreza. A base da riqueza do alto clero resultava do recebimento de dízimos e da renda de imóveis urbanos e rurais.



Possuíam também muitos privilégios como a isenção de impostos, a posse de terras, o direito a cobrança do dízimo e o fato deles possuírem um tribunal próprio. Baixo clero, que se compunha de sacerdotes pobres, que constituíam uma plebe eclesiástica. Possuíam privilégios, mas não em tanta escala como os do Alto Clero. Imantaram essa expressão e inseriram na política brasileira, visto que aqui nada se cria tudo se copia. O PNDH-3 ainda gera muita polêmica é filho de Paulo Vannuchi, que quer por cima de pau e pedra punir os militares por supostas torturas no governo dos militares. O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva autorizou o pagamento de indenizações milionárias a supostas vítimas de torturas, mas quem vê cara não ver coração, queríamos citar que um ano após o terremoto no Haiti que ceifou a vida de milhares de pessoas, familiares dos 18 militares brasileiros mortos na tragédia estão até hoje à espera da indenização prometida. É hora de a presidente Dilma Rousseff fazer justiça aos heróis abandonados amparando as famílias dos bravos militares. Em junho, o pedido de indenização chegou ao Congresso Nacional, em Novembro o crédito foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento e até hoje a autorização do pagamento não foi votada em plenário pelos parlamentares. Uma vergonha sem tamanho com certeza.



E aqui indagamos qual a razão da rapidez com que indenizaram supostos torturados? Outro problema de gravidade extrema refere-se ao pagamento do auxilio funeral. Sem explicação clara, o Exército depositou R$ 11 mil da ajuda financeira para sepultamento dos 18 militares nas contas bancárias das próprias vítimas. Os leitores poderão encontrar mais amiúde todas as informações sobre o triste episódio na revista “Isto É”, de nº. 2146, ano 34, de 29/12/2010. Parece existir um complô contra os integrantes das FFAA (Forças Armadas Brasileiras), enquanto uns choram outros riem, pois o governo libera indenização de R$ 44,6 milhões a entidade estudantil (UNE) para reerguer a sede com apoio de Oscar Niemeyer. Será que Franklin Martins, ministro da Comunicação Social merece lugar de destaque como brasileiro do ano?



A política brasileira precisa de medidas urgentes, pois a podridão está encoberta por uma camada fina, o véu da vergonha. No dia em que esse véu se romper a história política brasileira poderá ter outra destinação. A população menos aquinhoada sofre horrores, seja em atendimento médico, em educação, moradia, ou em outras socializações. Tem muita gente morando debaixo de viadutos, muitos dormem ao relento nas ruas, crianças esquálidas perambulam pelas ruas e avenidas das grandes capitais brasileiras. Crianças, adolescentes fumando crack, maconha e outros entorpecentes enfeiam a psicosfera brasileira. Violência dizima jovens entre 18 e 30 anos. O vírus da criminalidade se espalha Brasil afora e a situação está insustentável.

Equipes de saúde tratam mal pacientes que procuram a emergência hospitalar, são desrespeitados e escorraçados como se fossem animais irracionais. O Hospital Antonio Prudente de Fortaleza é um dos tais, os planos de saúde cobram em demasia e oferecem péssimo atendimento aos seus associados. O Ministério da Saúde nenhuma providência toma. É vergonhosa e escabrosa a situação. Pacientes do interland procuram hospitais da capital, já que nos municípios a saúde é zero a esquerda, alias, poderemos incluir a segurança e a educação para sermos mais justos. Enquanto políticos aumentam exorbitantemente seus salários, recém-nascidos morrem de fome nas zonas de alto risco e nos mais longínquos rincões do Brasil.



As promessas de Lula escafederam-se no ar poluído da política brasileira. Obras faraônicas inacabadas fazem a feição horrenda das ruas e avenidas. A Amazônia agoniza pelo desmatamento e o Nordeste clama pela irrigação que não chega. A situação brasileira está mais para a pobreza da Índia do que para o avanço da China. O avanço tecnológico e social é idealizado por políticas sérias e produtivas. A nossa política está perdida e os políticos tentam enganar a população carente com as famigeradas bolsas. É o assistencialismo político criando a classe dos papudinhos e ociosos. Toda essa parafernália poderia ser amenizada, eles sabem o caminho, mas preferem a locupletação com as corrupções e os mensalões da vida. Pense Nisso! O Brasil agoniza enquanto maus políticos brigam por cargos de relevância no atual governo.



ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA UBT- DA AVSPE