ULTRAGAZ

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

JÁ NÃO PODEMOS DIZER NADA!

ESTAMOS REPASSANDO O ARTIGO DE SANDRA CAVALCANTE. É UM POEMA DE DOR. ELA NOS FAZ CHORAR POR DOIS MOTIVOS: 1º PELA GRANDEZA DO POEMA QUE VEM DO FUNDO DA ALMA E 2º PELA COVARDIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA.


VAMOS ACORDAR E REAGIR. SALVEMOS O BRASIL PARA NOSSOS FILHOS E NETOS.

REPASSEM POR AMOR DE DEUS.

GRUPO GUARARAPES

JÁ NÃO PODEMOS DIZER NADA!

Sandra Cavalcanti

Em 14 de abril de 1930, aos 36 anos, Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo da era contemporânea, deu um fim trágico à sua atormentada vida. Matou-se porque perdeu toda a esperança e se viu diante de uma estrada sem saída.Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja não pode perder a alma! Ele acreditou piamente na Revolução Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a alma.

A brutalidade crescia. A impunidade era a regra. O desrespeito às criaturas era a norma geral. Toda e qualquer reação resultava em mais iniquidades, em mais violência. Um stalinismo brutal assolou a pátria russa. Uma onda avassaladora de horror e impotência tomou conta de seu espírito, embora ainda tentasse protestar. Mas foi em vão. Rendeu-se e saiu de cena.

Em 1936, escreveu Eduardo Alves da Costa o poema No caminho com Maiakóvski, que resume sua desoladora tragédia."... Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ de nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem:/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz e,/ conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada.”

Nestes tristes tempos, muitos estão vivendo as angústias desabafadas neste poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais serenos, esperaram por oportunidades melhores e sonharam com paz e alegria. Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a cobiça. Os que chegaram ao poder, sem nenhuma noção de servir ao povo, logo revelaram a sua verdadeira face.

O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe. Para uns, todas as leniências. Para outros, todas as violências. Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a dos marginais. No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver.

Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso prestígio junto ao presidente, que não se acanha em lhes dar cobertura e agir com a maior cumplicidade. A ausência das autoridades tem sido o grande estímulo para que esses grupos, e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e desrespeito, levar o pânico aos que vivem do trabalho no campo.

A mesma audácia impune garante também a expansão das quadrilhas de narcotraficantes em todo o País. A cada dia que passam eles chegam mais perto de nós. Se examinarmos com atenção os acontecimentos destes últimos dois anos, dá para entender o nosso medo. Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de manobras para encobrir os fatos e manter os esquemas intocáveis. E qual foi a reação do povo? Nenhuma.

Roubaram uma flor de nosso jardim, a flor da decência, da dignidade, da ética, e nós não dissemos nada!Quando, da noite para o dia, dezenas de deputados largaram suas legendas e se bandearam para as hostes do governo, era preciso explicar tão misteriosa adesão. O que se viu? Uma descarada e desafiadora alegria no alto comando do País! E qual foi a reação do povo? Nenhuma. Eles nem se esconderam. Pisaram em nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!

Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção do PT e do governo sabia de tudo e de tudo se haviam aproveitado, qual foi à reação do povo? Nenhuma.

Eles nem se importaram com o fato de terem sido descobertos. O mais frágil deles entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a nossa voz da garganta. Será que vamos aceitar? Não vamos dizer nada? Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua capacidade de punir?

Acho que não. Torço para que isso não esteja acontecendo. Sinto, por onde ando e por onde vou, que lá no mar alto uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e afogar esses aventureiros. Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não se cuida apenas de ganhar uma eleição. O importante é não perder a alma. O direito de sonhar. A vontade de viver melhor.

Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que eles praticaram contra as esperanças de um povo de boa-fé. O que vai hoje à alma das pessoas é o corajoso sentimento de que é preciso vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta. E já não poderemos dizer nada.

Sandra Cavalcanti, professora, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Lacerda, fundadora e presidente do BNH

E-mail: sandra_c@ig.com.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MISÉRIA ABSOLUTA

MISÉRIA ABSOLUTA

Uma das promessas de campanha da futura presidente foi dizimar a pobreza em solo brasiliano. Seu guarda-costas o presidente Luis Inácio Lula da Silva também prometeu, mas não conseguiu o seu intento. A violência reinante em todo o País e especialmente no estado do Rio de Janeiro é fruto da miséria incontrolável que assola o Brasil. Não seriam necessário estudos de especialistas para chegarmos a essa dolorosa conclusão. Sabemos que 70% da população brasileira ganha até três salários mínimos, 20% em estado de pobreza total, 5% se inserem na classe média e o restante são os abonados pela sorte ou por fatos que não nos interessa colocar em discussão. Infelizmente para os incautos o Brasil é um grande País, aliás, é em extensão territorial e imenso em problemas insolucionáveis.

Rio de Janeiro compartilha uma guerra civil sem precedentes e o governo se vê aflito e impotente para resolver os problemas. Força de Segurança, Forças Armadas, Polícia Civil, Polícia Militar estão convocadas para amenizar a situação. O câncer instalado no Brasil só afasta os traficantes, eles ficam perambulando de um local para outro. Medidas mais severas precisam ser tomadas. Os nossos direitos são desumanos, a nossa política cruel, a nossa soberania está ameaçada, a Pátria amada passa por dificuldades pela falta de incentivos na área social, pois o que se forneceu até agora foram esmolas em forma de bolsas. Os que fazem a educação chiaram por melhores condições de trabalhos e salários, mas só promessa. Na área da segurança e da saúde a mesma coisa. Só quem ganha bem nesse país é a classe política, e além do mais tem as benesses dos mensalões, das formações de quadrilhas, da lavagem de dinheiro, da cobrança exorbitante de impostos, dinheiros em locais não condizentes para um “representante do povo”.

Corrida por R$ três bilhões – o PT (Partido dos Trabalhadores) começa a guerra pelo cargo que controla o Orçamento bilionário do Senado e tem sido centro de escândalos, conforme explicita a revista “Isto É” nº 2141, de 24/11/2010. O poder da primeira-secretaria: “Orçamento do Senado Federal R$ 3 bilhões por ano, pagamentos de convênios 580 contratos com empresas, funcionários da casa com pagamentos de salários 6.372 servidores”. Partidos com mais senadores em 2011: PMDB (20); PT (14); PSDB (11); DEM (06); PTB (06); PP (05); PDT (04); PR (04); PSB (03); PRB, PSC, PMN e PPS (01) cada. Pressões: Heráclito Fortes diz que a turma dos escândalos quer voltar. Que farra pessoal! Enquanto brigam por bilhões crianças morrem de fome do Oiapoque ao Chuí. É uma vergonha nacional. Centro de Criança e Adolescente em Fortaleza, estado do Ceará já recebeu nome de terrorista, homenagem da prefeita Luizianne Lins a Che Guevara. Pode Freud?

Com um orçamento anual de R$ 3 bilhões a Primeira Secretaria do Senado é uma espécie de prefeitura daquela Casa. Por lá, passam todos os contratos de obras e empresas de prestação de serviços terceirizados e um bom naco (grande fatia, pedaço) do poder. E a PEC 300 por onde anda? Dizem que o futuro vice-presidente colocou-a em sua gaveta para não beneficiar as Polícias Militares e agora o governo está se socorrendo delas. “Venha a nós e ao Vosso Reino nada”. É o lema do governo para com os funcionários públicos estaduais e federais. Encontraram um senhor apelidado de credibilidade. Antônio Palocci é o homem forte da transição.

Ele articula diferentes setores da sociedade e prepara os primeiros passos do futuro governo Dilma. “Ele é um dos melhores quadros da República, disse dias atrás o presidente Lula”. Suas missões: Coordenar a comissão técnica que cuidará da transição da máquina do governo; avaliar as ações dos principais ministérios para dar continuidade ou corrigir o que for necessário; traçar as prioridades dos primeiros 120 dias do governo Dilma; barrar o loteamento de cargos nos ministérios e nas empresas estatais e fazer a interlocução com os vários setores da sociedade, principalmente o empresariado. E o povo continua levando chibata. Ele faz levantamento dos principais projetos em andamento no governo. Nós achamos que a maioria desses projetos do governo está paralisada. Venham ver as obras prioritárias do governo do estado do Ceará e tire as conclusões.

No meio empresarial, não é exagero afirmar que seu nome é quase uma unanimidade. Claro. Façam um levantamento minucioso dos empresários que ajudaram eleger a presidente Dilma. As águas só correm para o mar senhores. A presidente eleita Dilma não deseja que le seja visto como uma espécie de primeiro-ministro do seu governo. Todas as opções de Palocci: “Casa Civil: Hábil articulador político, Palocci está cotado para ocupar um cargo que já foi da presidente eleita e passar a responder pela coordenação dos principais programas do governo”. Petrobras: caso a presidente eleita resolva reestruturar a Casa Civil e diminuir o poder de seu titular, há quem diga que Palocci pode ir para a Petrobras, que tem importância de ministério. Ministério da Fazenda – Economista autodidata, Palocci tem a possibilidade de voltar a comandar a economia, no posto que ocupou com sucesso no primeiro governo Lula.

Ministério da Saúde: Médico sanitarista, Palocci cuidaria de uma área que deve ser beneficiada pelo fundo social do pré-sal e é prioritária para o governo Dilma. Ministério das Relações Institucionais – Palocci usaria suas habilidades de negociador para viabilizar a reforma política à qual Lula, fora do governo, se decidirá. “Ele é um animal político que certamente dará contribuições enormes a este país. Ele é muito jovem e acho que ainda tem muita contribuição para dar”, disse Lula. Para ele testar sua competência vamos pedir que faça estágio na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro para comprovarmos sua eficiência. “Se alguém demonstra experiência é porque se dedicou a praticar alguma coisa. Ao tomarmos uma atitude prática, demonstramos a nossa disposição para nos aprofundar no conhecimento das coisas, para encontrar soluções que funcionem e que sejam simples de entender e aplicar. A atitude prática nos faz resolver o problema, caminhando lado a lado com ele, sem desprezar as teorias, mas evitando conceitos e explicações muito difíceis e que só compliquem na hora de agir. Na hora de tomar uma atitude prática somos meio artistas e meio cientistas, em busca da perfeição”.

Sônia café nos não queríamos a perfeição por sermos imperfeitos por natureza, queríamos que nossos representantes olhassem para a população com carinho e não com desprezo, aliás, essa violência desenfreada que toma conta do Brasil tende a piorar, pois nas aposições do senhor Palocci não denotamos nenhuma ação em termos de melhoria de vida para os esquecidos e menos aquinhoados. É triste, depois de mais de 500 anos ter que convivermos com a fome, com o desemprego, com descasos políticos, desvio de verbas, obras superfaturadas e políticos desonestos enchendo o bolso dele e a conta da família. A situação em todo sertão nordestino é de penúria, nem água a população tem para beber e ainda convivemos com os ultrapassados carros pipa. O que fazer para minorar a situação caótica que passa a nação. Somente vergonha na cara da maioria política e que invista na Trindade Social e deixem de explorar a população miserável que temos. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA UBT- DA AVSPE E DA AOUVIRCE